Como resolver a crise no jornalismo? Parte III
Continuando a nossa
série de textos “A crise no jornalismo”, confira agora a opinião da instrutora
Beatriz Miranda.
Texto: Beatriz Miranda
O jornalismo televisivo e impresso já não são um
dos meios mais rápidos para se passar uma notícia. Hoje, com a internet
acessível para mais de 140 milhões de brasileiros, o uso de aplicativos
consegue praticamente em tempo real passar várias informações que não são transmitidas
com a mesma praticidade no jornal impresso ou na TV, e isso tem feito com que o
jornalismo adquira características que fogem do tradicional.
Quando
as noticias são transmitidas de modo rápido no ritmo da internet a apuração, um
dos processos básicos do jornalismo pode ser ignorada, e isso causa grandes
consequências como erros graves em uma matéria.
A
parcialidade está praticamente em todos os telejornais. Ancora dando “suas”
opiniões, que geram um grande engajamento fugindo da ética profissional de um
jornalista.
A
crise no jornalismo vem pelo fato de todos esses problemas estarem juntos. A
internet já ganhou um grande espaço nos lares e celulares dos brasileiros, mas
ainda não é um meio muito confiável para se ler uma informação. Para evitar
estes problemas é importante que na formação dos futuros jornalistas seja
reforçada a ética da profissão. Independente do tempo a notícia sempre deve ser
verídica e passar de forma mais real do assunto pautado, pois não se pode
inventar informações simplesmente pela audiência. A imparcialidade não pode ser uma palavra
desconhecida e pouco usada, a opinião sobre cada matéria deve ser extraída pelo
próprio espectador a partir das informações da notícia que foi repassada pelo
meio de comunicação. A opinião de um jornalista de cunho nacional, por exemplo,
pode influenciar muita gente.
É
difícil competir com algo novo, como a internet, mas o jornalismo sempre vai
ter o seu lugar, afinal, o mundo precisa dessa confiança sobre os diversos
assuntos do dia a dia que só o jornalista com sua especificidade profissional pode passar.
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